A PORTA ABERTA
Como loucos Pelo telhado, No vagão Do tempo, Ziguezagueando Na solidão. Entre versos Tantas vezes Refeitos, Na multidão De estrelas E na escuridão Dos sonos E pesadelos. Descarrilhando Na estação Do vento, Inventando palavras E comendo Da sorte, Como se toda sorte Fosse a Exatidão. Dormimos, Acordamos, Recordamos Para depois Esquecermos Se foi bom Ou não. Tudo que aprendemos Está longe agora, Tudo se foi Para além Da visão. E quando nos sentimos Sozinhos Partimos Por estes caminhos Sem dia Nem hora certa, Apenas e porque Encontramos A porta aberta. |