Brinquedos e Brincadeiras

Brinquedos,

Cada um brinca

Com o seu,

Na ciranda

Do mundo

Dentre estes mundos,

Por entre

Pensamentos

Profundos

Onde a verdade

Se conheceu.

Brincadeiras

De rodas

E saltos,

Uma alma procurando

A outra

Que um dia

Se perdeu.

Brincadeiras

De enganos,

Que com o passar

Dos anos,

Muita gente

Nem percebeu.

Brinquedos,

Os dias vão passando

E alguém

Sempre acena

Num adeus.

Brinca consigo

Que a vida

É sempre bela,

Mas se esquece

Que tem gente

Que passa por ela

Como quem nunca

Realmente

A viveu.

Brinca de ferir,

Brinca de mentir,

Brinca numa brincadeira

Quase infantil

E quando não brinca mais

Deixa lá atrás

Um imenso

Vazio.

Perdeu a alegria

De ser sincero

E cresce

Como se tudo

Fosse eterno,

Um quintal

Que não brinca,

Numa pipa invisível

Que sobe... sobe...

E parece até com

O céu.

E de tantos brinquedos,

Vamos crescendo

Acreditando que é possível

Vencer os medos,

E descobrir

Todos os segredos

Que alguém

Disse que um dia

descobriu...