Demarcar
o horizonte Como a não Ter Distância E ver em toda a Verdade Sua real Aparência. Nadar nas águas Banhadas pelo sol, Solidificar-se Na solidão Da inconsciência total E desaparecer Como papelotes E sobras Na aparente Tranqüilidade Dos fortes. Minha estrada é assim, Sem ida, Sem volta, Sem saída, Sem começo, meio, Fim. E nela eu caminho Como um forasteiro Que procura sua brisa... Talvez, Na sombra de alguma Árvore, Bebendo do vinho De algum leito De rio. E deixa-se ser levado Pela correnteza, Como se toda certeza Viesse de algum lugar Ainda não descoberto E por fim Senta-se à beira Deste mesmo caminho Empoeirado e cheio De pedras Para observar A passagem da vida E deste Tempo... |