INEXISTENTE

 

 

Os meus olhos

São como o sol

Faíscam no aparente

Silêncio

E se fecham...

E toda casa

Tem sua cor

E toda a palavra

Seu escritor.

Em cada sílaba

Uma outra sílaba

Silenciosa

E em cada rosa

Um jardim

E a mão do jardineiro

Paciente.

Assim é o mundo

Em cada segundo

Ligeiro,

Compreensivo

E incompreendido,

Mau e bom,

Insipiente.

E tudo nele cabe

E nada dele se sabe

Nada se entende.

O buscador

Continuará sua busca inútil

Até que encontre

O que procura

Em sua caminhada.

Aquele que fala de amor

Continuará amando

Seu ideal,

Até que seu ideal

O encontre na longa estrada

E ele descubra

Que não há nada.

Aquele que segue a pé,

Sentará em algum lugar

E descobrirá que andou demais

E não alcançou o que queria,

E sorrirá na utopia

Que é real

O que nem real, parecia.